quarta-feira, 3 de julho de 2013

As Sete Maravilhas do Mundo Moderno (Machu Picchu)

Machu Picchu (Peru)


Machu Picchu (em quíchua Machu Pikchu, "velha montanha"), também chamada "cidade perdida dos Incas", é uma cidade pré-colombiana bem conservada, localizada no topo de uma montanha, a 2400 metros de altitude, no vale do rio Urubamba, atual Peru. Foi construída no século XV, sob as ordens de Pachacuti. O local é, provavelmente, o símbolo mais típico do Império Inca, quer devido à sua original localização e características geológicas, quer devido à sua descoberta tardia em 1911. Apenas cerca de 30% da cidade é de construção original, o restante foi reconstruído. As áreas reconstruídas são facilmente reconhecidas, pelo encaixe entre as pedras. A construção original é formada por pedras maiores, e com encaixes com pouco espaço entre as rochas.
Consta de duas grandes áreas: a agrícola formada principalmente por terraços e recintos de armazenagem de alimentos; e a outra urbana, na qual se destaca a zona sagrada com templos, praças e mausoléus reais.
A disposição dos prédios, a excelência do trabalho e o grande número de terraços para agricultura são impressionantes, destacando a grande capacidade daquela sociedade. No meio das montanhas, os templos, casas e cemitérios estão distribuídos de maneira organizada, abrindo ruas e aproveitando o espaço com escadarias. Segundo a história inca, tudo planejado para a passagem do deus sol.
O lugar foi elevado à categoria de Património mundial da UNESCO, tendo sido alvo de preocupações devido à interação com o turismo por ser um dos pontos históricos mais visitados do Peru.
Há diversas teorias sobre a função de Machu Picchu, e a mais aceita afirma que foi um assentamento construído com o objetivo de supervisionar a economia das regiões conquistadas e com o propósito secreto de refugiar o soberano Inca e seu séquito mais próximo, no caso de ataque.
Pela obra humana e pela localização geográfica, Machu Picchu é considerada Patrimônio Mundial pela UNESCO.

Machu Picchu no século XIX

História


Em 1865, no curso de suas viagens de exploração pelo Peru, o naturalista italiano Antonio Raimondi passou ao pé das ruínas sem sabê-lo e menciona o quão escassamente povoada era a região na época. Porém, tudo indica que foi por esses anos que a região começou a receber visitas por interesses distintos dos meramente científicos.
De fato, uma investigação ainda em curso e divulgada em 2008 pelo diário espanhol ABC, realizada pelo historiador y explorador Paolo Greer revela que o empresário alemão Augusto Berns não só havia "descoberto" as ruínas em 1867, quarenta anos antes da data conhecida, mas também havia fundado uma empresa mineradora para explorar os "tesouros" que abrigava (a "Compañía Anónima Explotadora de las Huacas del Inca"). Ainda de acordo com Paolo Greer, entre 1867 e 1870 e com a aprovação do governo Peruano de José Balta, que cobrava 10% dos lucros, esta companhia havia operado na zona e vendido "tudo o que encontrara" a colecionadores europeus e norte-americanos.

Huayna Picchu - A montanha maior, atrás da cidade.
Conectados ou não com esta suposta empresa (cuja existência espera ser confirmada por outras fontes e autores) o certo é que nesta época que os mapas de prospecções mineiras começam a mencionar Machu Picchu. Assim, em 1870, o norte-americano Harry Singer coloca pela primeira vez em um mapa a localização do Cerro Machu Picchu e se refere ao Huayna Picchu como "Punta Huaca del Inca". O nome revela uma inédita relação entre os incas e a montanha e inclusive sugere um caráter religioso (uma huaca nos Andes antigos era um lugar sagrado).
Um segundo mapa, de 1874, elaborado pelo alemão Herman Gohring, menciona e localiza em seu local exato ambas montanhas.
Por fim, em 1880 o explorador francês Charles Wiener confirma a existência de restos arqueológicos no lugar (afirma que "há ruínas na Machu Picchu"), embora não possa chegar ao local. Em qualquer caso está claro o conhecimento prévio da suposta "cidade perdida" não havia sido esquecida, como se acreditava até há alguns anos.

Redescobrimento


Vista da cidadela de Machu Picchu em 1911.
Foi o professor norte-americano Hiram Bingham quem, à frente de uma expedição da Universidade de Yale, redescobriu e apresentou ao mundo Machu Picchu em 24 de julho de 1911. Este antropólogo, historiador ou simplesmente, explorador aficcionado da arqueologia, realizou uma investigação da zona depois de haver iniciado os estudos arqueológicos. Bingham criou o nome de "a Cidade Perdida dos Incas" através de seu primeiro livro, Lost City of the Incas. Porém, naquela época, a meta de Bingham era outra: encontrar a legendária capital dos descendentes dos Incas, Vilcabamba, tida como baluarte da resistência contra os invasores espanhóis, entre 1536 e 1572. Ao penetrar pelo cânion do Urubamba, Bingham, no desolado sítio de Mandorbamba, recebeu do camponês Melchor Arteaga o relato que no alto de cerro Machu Picchu existiam abundantes ruínas. Alcançá-las significava subir por uma empinada ladeira coberta de vegetação.
Quando Bingham chegou à cidade pela primeira vez, obviamente encontrou a cidade tomada por vegetação nativa e árvore. E também era infestada de víboras.
Embora céptico, conhecedor dos muitos mitos que existem sobre as cidades perdidas, Bingham insistiu em ser guiado ao lugar. Chegando ao cume, um dos meninos das duas famílias de pastores que residiam no local o conduziu aonde, efetivamente, apareciam imponentes construções arqueológicas cobertas pelo manto verde da vegetação tropical e, em evidente estado de abandono há muitos séculos. Enquanto inspecionava as ruínas, Bingham, assombrado, anotou em seu diário:
Cquote1.svgWould anyone believe what I have found?" (Acreditará alguém no que encontrei?)Cquote2.svg
— Hiram Bingham
Depois desta expedição, Bingham voltou ao lugar em 1912 e, nos anos seguintes (1914 e 1915), diversos exploradores levantaram mapas e exploraram detalhadamente o local e os arredores.
Suas escavações, não muito ortodoxas, em diversos lugares de Machu Picchu, permitiram-lhe reunir 555 vasos, aproximadamente 220 objetos de bronze, cobre, prata e de pedra, entre outros materiais. A cerâmica mostra expressões da arte inca e o mesmo deve dizer-se das peças demetal: braceletes, brincos e prendedores decorados, além de facas e machados. Ainda que não tenham sido encontrados objetos de ouro, o material identificado por Bingham era suficiente para inferir que Machu Picchu remonta aos tempos de esplendor inca, algo que já evidenciava seu estilo arquitetônico.
Bingham reconheceu também outros importantes grupos arqueológicos nas imediações: Sayacmarca, Phuyupatamarca, a fortaleza de Vitcos e importantes trechos de caminhos (Caminho Inca), todos eles interessantes exemplos da arquitetura desse império. Tanto os restos encontrados como as evidências arquitetônicas levam os investigadores a crer que a cidade de Machu Picchu terminou de ser construída entre fim do século XV e início do século XVI.
A expedição de Bingham, patrocinada não somente pela Universidade de Yale como também pela National Geographic Society, foi registrada em uma edição especial da revista, publicada em 1913, contendo um total de 186 páginas, que incluía centenas de fotografias.

Panorama de Machu Picchu em meio às cadeias de montanhas peruanas.

Geografia

Localização


Localização das ruínas de Machu Picchu, no Canhão) do Urubamba. Observe-se a curva que o rio descrevem em torno das montañas Machu Picchu e Huayna Picchu.

Mapa da localização de Macchu Picchu.
Machu Picchu se encontra a 13º 9' 47" de latitude sul e 72º 32' 44" de longitude oeste. Faz parte do distrito de mesmo nome, na província de Urubamba, no Departamento de Cusco, no Peru. A cidade importante mais próxima é Cusco, atual capital regional e antiga capital dos incas, a 130 quilômetros dali.
A 2400 metros de altitude, Machu Picchu está situada no alto de uma montanha, cercada por outras montanhas e circundada pelo rio Urubamba, o que lhe proporciona uma atmosfera única de segurança e beleza
As montanhas Machu Picchu e Huayna Picchu são parte de uma grande formação orográfica conhecida como Batolito de Vilcabamba, na Cordilheira Central dos Andes peruanos. Encontram-se na margem esquerda do chamado Canyon do Urubamba, conhecido antigamente como Quebrada de Picchu. Ao pé dos montes e praticamente rodeando-os, corre o rio Urubamba (Vilcanota). As ruínas incas encontram-se a meio caminho entre os picos das duas montanha, a 450 metros acima do nível do vale e a 2.438 metros acima do nível do mar. A superfície edificada tem aproximadamente 530 metros de comprimento por 200 de largura e contém 172 edifícios em sua área urbana.
As ruínas, propriamente ditas, estão dentro de um território do Sistema Nacional de Áreas Naturais Protegidas pelo Estado (SINANPE), chamado Santuário Histórico de Machu Picchu, que se estende sobre uma superfície de 32 592 hectares, (80 535 acres ou 325,92 km²) da bacia do rio Vilcanota-Urubamba (o Willka mayu ou "rio sagrado" dos incas). O Santuário Histórico protege uma série de espécies biológicas em perigo de extinção e vários estabelecimentos incas, entre os quais Machu Picchu é considerado o principal.

Turismo

Machu Picchu recebe turistas do mundo todo. A infraestrutura completa para o turista está nas cidades vizinhas de Águas Calientes e Cusco.

Formas de acesso

  • A partir da cidade de Cusco a viagem de trem leva três a quatro horas, até chegar ao povoado de Águas Calientes. Neste local há micro-ônibus frequentes, que levam cerca de 30 minutos para chegar a Machu Picchu, pela rodovia Hiram Bingham (que sobe a encosta do cerro Machu Picchu desde a estação ferroviária "Puente Ruinas", localizada no fundo do cânion. A mencionada rodovia, porém, não está integrada à rede nacional de rodovias do Peru. Nasce no povoado de Águas Calientes que por sua vez só é acessível por ferrovia (3 a 4 horas desde Cusco). A ausência de uma rodovia direta a Machu Picchu é intencional e permite controlar o fluxo de visitantes à região, por ser uma reserva nacional. Isso, porém, não impediu o crescimento desordenado (criticado pelas autoridades culturais) de Águas Calientes, que vive do turismo e para o turismo, pois há hotéis e restaurantes de diferentes categorias no local.
  • Seguindo o Caminho Inca em uma caminhada de quatro dias e chegar a Machu Picchu pela "porta do Sol". Para isso é necessário tomar o trem até o km 82 da ferrovia Cusco-Águas Calientes, de onde parte o caminho a pé. Pode-se realizar a trilha completa, caminhando os 45 km em quatro dias com pernoites nos acampamentos com infra-estrutura, ou fazer a trilha curta, que pode ser realizada de duas maneiras: em dois dias, com pernoite no alojamento próximo às ruínas de Wina Wayna, chegando à Porta do Sol pela manhã ou caminhar os 12 km num único dia, chegando em Machu Picchu no final da tarde.
  • A partir da cidade de Cusco, fazer o passeio do Vale Sagrado dos Incas até Ollantaytambo e aí tomar o trem até Aguas Calientes e daí em micro-ônibus.
  • Por motivos de preservação ambiental, para proteger a fauna local (ursos, veados, aves), não são mais permitidos vôos de helicóptero na cidade sagrada desde 2010 (ordenanza Nº 069-2010).

Divisões

Principais setores de Machu Picchu, de acordo com a nomenclatura utilizada pelos arqueólogos do INC-Cusco.
A área edificada em Machu Picchu é de 530 metros de comprimento por 200 de largura e inclui ao menos 172 recintos. O complexo está claramente dividido em duas grandes zonas: a zona agrícola, formada por conjuntos de terraços de cultivo, que se encontra ao sul; e a zona urbana, que é aquela onde viveram seus ocupantes e onde se desenvolviam as principais atividades civis e religiosas. As duas zonas estão separadas por um muro, um fosso e uma escadaria, elementos que correm paralelos pela face leste da montanha.

Zona agrícola

Os terraços de cultivo de Machu Picchu aparecem como grandes escadarias construídas sobre a ladeira. São estruturas formadas por um muro de pedra e preenchidas com diferentes capas de material (pedras grandes, pedras menores, cascalho, argila e terra de cultivo) que facilitam a drenagem, evitando que a água crie poças (leve-se em conta a grande pluviosidade da região) e desmorone sua estrutura. Este tipo de construção permitiu que se cultivasse neles até a primeira década do século XX. Outros terraços de menor largura se encontram na parte baixa de Machu Picchu, ao redor de toda a cidade. Sua função não era agrícola, mas sim servir como muros de contenção.
Cinco grandes construções localizam-se sobre os terraços ao leste do caminho inca que chega a Machu Picchu pelo sul. Foram utilizados como armazéns. A oeste do caminho encontram-se outros dois grandes conjuntos de terraços: alguns concêntricos de corte semicircular e outros retos.

Zona urbana

Um muro de cerca de 400 metros de comprimento divide a cidade da área agrícola. Paralelo ao muro corre um fosso usado como principal drenagem da cidade. No alto do muro está a porta de Machu Picchu que contava com um mecanismo de fechamento interno.
A zona urbana foi dividida pelos arqueólogos atuais em grupos de edifícios denominados por números entre 1 e 18. Ainda está em vigência o esquema proposto por Chavez Ballón em 1961 que divide a zona urbana em “setor hanan” (alto) e “setor hurin” (baixo) conforme a tradicional bipartição da sociedade e da hierarquia andina. O eixo físico dessa divisão é uma praça comprida, construída sobre terraços em diferentes níveis, de acordo com o declive da montanha.
O segundo eixo da cidade em importância forma uma cruz com o anterior, atravessando praticamente toda a largura das ruínas de leste a oeste. Consiste de dois elementos: uma larga e comprida escadaria que faz a vez de “rua principal” e um conjunto de elaboradas fontes de água que corre paralelo a ela.
Na intersecção dos dois eixos estão localizadas a residência do inca, o templo observatório do torreão e a primeira e mais importante das fontes de água.

Setor Hanan

Conjunto 1
Templo do Sol

O recinto curvo do Templo do Sol ou Torreón
O Templo do Sol é acessível por uma porta dupla, que permanecia fechada (há restos de um mecanismo de segurança). A edificação principal é conhecida como "Torreón", de blocos finamente lavrados. Foi usado para cerimônias relacionadas com o solstício de verão. Uma de suas janelas mostra sinais de ornamentos incrustados que foram arrancados em algum momento da história de Machu Picchu, destruindo parte de sua estrutura. Mostra também sinais de um grande incêndio no lugar. O Torreón está construído sobre uma grande rocha sob a qual há uma pequena cova que foi forrada completamente com argamassa fina. Supõe-se que foi um mausoleo e que em seu interior haveria múmias. Lumbreras também especula que há indícios para afirmar que pode ser o mausoleo de Pachacutec e que sua múmia esteve ali até pouco depois da chegada dos espanhóis em Cusco.
Residência Real
Das construções destinadas a residência real, esta é a mais fina, maior e melhor distribuída. Sua porta de acesso está frente à primeira fonte da cidade e, atravessando a rua formada por uma grande escadaria, ao Templo do Sol. Inclui duas peças de grandes monólitos de pedra bem talhada. Uma dessa peças tem acesso a um quarto de serviço com canal de deságue. O conjunto inclui um curral para llhamas e um terraço privado com vista ao lado leste da cidade.

Zona sagrada


A estrutura connhecida como Templo Principal.
É chamado assim o conjunto de construções dispostas em torno de um pátio quadrado. Todas as evidências indicam que o lugar estava destinado a diferentes rituais. Inclui dois dos melhores edifícios de Machu Picchu, que estám formados por rochas trabalhadas de grade tamanho: O Templo das Três Janelas, cujos muros de grandes blocos poligonais foram ensam postos como um quebra-cabeças, e o Templo Principal, de blocos mais regulares, que se crê que foi o principal recinto cerimonial da cidade. Junto com este último está a chamada casa do sacerdote, ou câmara dos ornamentos. Há indícios que sugerem que o conjunto geral não terminou de ser construído.
Intihuatana

Intihuatana: "calendário" solar.
Trata-se de uma colina cujos lados foram convertidos em terraços, tomando a forma de uma grande pirâmide de base poligonal. Inclui duas largas escadas de acesso, ao norte e ao sul, sendo esta última especialmente interessante por estar em largo trecho talhada em um só rocha. No alto, rodeada de construções da elite, encontra-se a pedra Intihuatana ("onde se amarra o Sol"), um dos objetos mais estudados de Machu Picchu, que foi relacionado com uma série de lugares considerados sagrados a partir do qual se estabelecem claros alinhamentos entre acontecimentos astronômicos e as montanha circundantes.

Setor Urin

Rocha sagrada
Chamam-se assim uma pedra de face plana colocada sobre um amplo pedestal. É uma marcação que indica o extremo norte da cidade e é o ponto de partida do caminha a Huayna Picchu.
Grupo das três portas
É um amplo conjunto arquitetônico dominado por três grandes kanchas dispostas simetricamente e comunicadas entre si. Suas portas, de idêntico formato, dão para a zona central de Machu Picchu.

Vista del Conjunto 9 ou das Três Portadas sobre três níveis de terraços frente à praça principal.

Aspectos construtivos

Engenharia hidráulica e de solo

Uma cidade de pedra construída no alto de um istmo entre duas montanhas e entre duas falhas geológicas, em uma região submetida a constantes terremotos e, sobretudo a constantes chuvas o ano todo apresenta um desafio para qualquer construtor: evitar que todo o complexo se desmorone. Segundo Alfredo Valencia e Keneth Wright "o segredo da longevidade de Machu Picchu é seu sistema de drenagem". O solo das áreas não trabalhadas possui um sistema de drenagemque consiste em capas de pedras trituradas e rochas para evitar o empoçamento da água das chuvas. 129 canais de drenagem se estendem por toda a área urbana, feitos para evitar a erosão, desembocando em sua maior parte no fosso que separa a área urbana da agrícula, que era na verdade o desague principal da cidade. Calcula-se que 60% do esforço construtivo de Machu Picchu estava em fazer as cimentações sobre terras que já sofreram terraplanagem com cascalho para um bom dreno das águas em excesso.

Orientação das construções

Existem sólidas evidências de que os construtores tiveram em conta critérios astronômicos e rituais para a construção de acordo com estudos de Dearborn, White, Thomson e Reinhard, entre outros. Na verdade, o alinhamento de alguns edifícios importantes coincide com o azimute solar durante os solstícios de maneira constante e com os pontos do nascer-do-sol e pôr-do-sol em determinadas épocas do ano, e com o topo das montanhas circundantes.

Arquitetura

Material
Morfologia
  • Quase todos os edifícios são de planta retangular. Há os de uma, duas e até oito portas, normalmente em apenas um dos lados maiores do retângulo. Existem poucas construções de planta curva e circular.
  • São frequentes as construções chamadas huayranas. Estas só possuem três muros. Neste caso no espaço do "muro faltante" aparece uma coluna de pedra para sustentar uma viga de madeira que serve de suporte ao teto. Também existem os chamados masmas, duas huayranas unidas por um muro no meio.

Detalhe de parede
  • As construções normalmente seguem o esquema das kanchas, ou seja, quatro construções retangulares dispostas em torno de um pátio central unidos por um eixo de simetria transversal. A este pátio dão todas as portas.
Muros e paredes
Os muros e paredes de pedra eram basicamente de dois tipos:
  • De pedra unida com argamassa de barro e outras substâncias. Há evidências de que estas construções, que são maioria em Machu Picchu, estiveram recobertas com uma camada de argila e pintadas (em amarelo e vermelho, ao menos), embora a desintegração precoce dos tetos as tornaram vulneráveis à chuva frequente da região e portanto não se conservara.
  • De pedra cuidadosamente lavrada nas construções de elite. São blocos de granito, sem brilho e perfeitamente talhados em forma de prismas retangulares (paralelepípedos, como os tijolos) ou poligonais. Suas faces exteriores podem ser almofadadas, ou seja, com protuberâncias, ou perfeitamente lisas. Nesses casos, a união dos blocos parece perfeita e permite supor que não têm nenhum tipo de argamassa; porém de fato o tem: é uma fina capa de material aglutinante que se encontra entre pedra e pedra embora seja invisível por fora. O esforço dessas realizações em uma sociedade sem ferramentas de ferro (somente conheciam o bronze, muito menos rígido) é notável.
Cobertura

Cobertura reconstruída
Não se conservou nenhum teto original, porém há consenso em afirmar que a maioria das construções o tinham, de duas ou quatro águas. Houve um teto cônico sobre o torreón e era formado por uma armação de troncos de Alnus acuminata amarrado e coberto por camadas de Stipa ichuun. A fragilidade desse tipo de palha e alta pluviosidade da região fez necessário que estes tetos tivesse inclinação de até 63º. Assim a altura dos tetos muitas vezes duplicava a altura do resto do edifício.
Portas, janelas e nichos

Janela de casa
  • Como é clássico na arquitetura inca, a maioria das portas, janelas e nichos (chamados falsas janelas) têm forma trapezoidal, mais larga na base que no topo. A trava superior podiam ser de madeira ou de pedra (às vezes um só grande bloco). As portas dos recintos mais importantes eram duplas e em alguns casos incluíam um mecanismo de fechamento interior.
  • As paredes interiores de boa parte das construções têm nichos em forma trapezoidal, junto às janelas. Blocos cilíndricos ou retangulares sobressaem com frequência dos muros como grandes varandas, dispostos em forma simétrica com os nichos, quando existentes.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Quem não?

Quem nunca mudou com o tempo? Aos poucos você vai deixando de escutar certas músicas, de usar certas roupas, de falar com certas pessoas. Mudar faz parte do ciclo da vida, embora a essência seja sempre a mesma. Quando encontrar um obstáculo grande na vida, não desanime ao passar, pois com o tempo ele se tornará pequeno. Não porque diminuiu, mas porque você cresceu.

É o que dizem...

"Dizem que a gente tem o que precisa. Não o que a gente quer. Tudo bem. Eu não preciso de muito. Eu não quero muito. Eu quero mais. Mais paz. Mais saúde.Mais dinheiro. Mais poesia. Mais verdade. Mais harmonia. Mais noites bem dormidas. Mais noites em claro. Mais eu. Mais você. Mais sorrisos, beijos e aquela rima grudada na boca. Eu quero nós. Mais nós. Grudados. Enrolados. Amarrados. Jogados no tapete da sala. Nós que não atam nem desatam. Eu quero pouco e quero mais. Quero você. Quero eu. Quero domingos de manhã. Quero cama desarrumada, lençol, café e travesseiro. Quero seu beijo. Quero seu cheiro. Quero aquele olhar que não cansa, o desejo que escorre pela boca e o minuto no segundo seguinte: nada é muito quando é demais..."

quinta-feira, 27 de junho de 2013

As Sete Maravilhas do Mundo Moderno (O Cristo Redentor)

O Cristo Redentor (Brasil)

Cristo Redentor é um monumento retratando Jesus Cristo, localizado no bairro do Alto da Boa Vista, na cidade do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro, no Brasil. Situa-se no topo do Morro do Corcovado, a 709 metros acima do nível do mar. Foi inaugurado às 19h 15min do dia 12 de outubro de 1931 dia de Nossa Senhora Aparecida, depois de cerca de cinco anos de obras. Um símbolo do cristianismo , o monumento tornou-se um dos ícones mais conhecidos internacionalmente do Brasil. Dos seus 38 metros, oito estão no pedestal e trinta na estátua, a qual é a segunda maior escultura de Cristo no mundo, atrás apenas da Estátua de Cristo Rei, na Polônia.

Em uma pesquisa realizada pela revista América Economia, no ano de 2011, o Cristo Redentor foi considerado por 23,5 por cento dos entrevistados como o maior símbolo da América Latina. A pesquisa foi feita pela internet e reuniu a opinião de 1 734 executivos de todos os países da região.
A construção de um monumento religioso no local foi sugerida pela primeira vez em 1859, pelo padre lazarista Pedro Maria Boss, à Princesa Isabel.No entanto, apenas retomou-se efetivamente a ideia em 1921, quando se iniciavam os preparativos para as comemorações do centenário da Independência.



História 

estrada de rodagem que dá acesso ao local onde hoje se situa o Cristo Redentor foi construída em 1824. Já a estrada de ferro teve o primeiro trecho (Cosme Velho-Paineiras) inaugurado em 1884. No ano seguinte, 1885, o segundo trecho foi concluído, completando a ligação com o cume. A ferrovia, que tem 3 800 metros de extensão, foi a primeira a ser eletrificada no Brasil, em 1906. A construção do Cristo Redentor, ainda, é considerada um dos grandes capítulos da engenharia civil brasileira. Foi erguida em concreto armado e revestida de um mosaico de triângulos de pedra-sabão originária da região de Carandaí, no estado brasileiro de Minas Gerais.

Pedra fundamental


O morro do Corcovado antes da construção do Cristo Redentor
A pedra fundamental do monumento foi lançada em 4 de abril de 1922, mas as obras somente foram iniciadas em 1926. Dentre as pessoas que colaboraram para a realização, podem ser citados o engenheiro Heitor da Silva Costa (autor do projeto escolhido em 1923), o artista plástico Carlos Oswald (autor do desenho final do monumento) e o escultor francês de origem polonesa Paul Landowski (executor dos braços e do rosto da escultura).
Ainda hoje, algumas pessoas dizem que o monumento foi um presente da França para o Brasil, quando, na verdade, a obra foi erigida a partir de doações de fiéis de arquidioceses e paróquias por todo o país, com o projeto de autoria e chefia do engenheiro Heitor da Silva Costa. Da França, vieram, apenas uma réplica de quatro metros feita de pequenos moldes, assim como modelos das mãos feitos pelo colaborador Landowski. Todos estes fatos foram atestados com rigor no programa televisivo Detetives da História produzido por The History Channel.

Reação adversa à construção

Em 23 de março de 1923, seguidores da Igreja Batista declararam, em nota publicada em O Jornal Batista, órgão oficial da Convenção Batista Brasileira, seu desgosto quanto à construção do Cristo Redentor. A nota afirmava que a construção "será, a um tempo, um atestado eloquente de idolatria da Igreja de Roma".
Entretanto, a Igreja Católica sempre se manteve firme em sua posição, argumentando jamais ter adotado a idolatria em sua doutrina, esclarecendo continuamente que as imagens de santos em suas igrejas são vistas por seus fiéis como exemplos de fé a serem seguidos.
Até mesmo Deus ordenou Moisés construir sobre a Arca da Aliança dois anjos.

Inauguração

Na cerimônia de inauguração, no dia 12 de outubro de 1931, estava previsto que a iluminação do monumento seria acionada a partir da cidade de Nápoles, de onde o cientista italiano Guglielmo Marconi emitiria um sinal elétrico que seria retransmitido para uma antena situada no bairro carioca de Jacarepaguá, via uma estação receptora localizada em Dorchester, Inglaterra, tudo a convite de Assis Chateaubriand. No entanto, o mau tempo impossibilitou a façanha e a iluminação foi acionada diretamente do local. O sistema de iluminação original foi substituído duas vezes: em 1932 e no ano 2000.

Reformas


O monumento do Cristo Redentor em 2006
Tombado definitivamente pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 2009, o Monumento ao Cristo Redentor passou por obras de recuperação em 1980, quando da visita do Papa João Paulo II. Em 1990, sofreu ampla restauração através de um convênio entre a Mitra Arquiepiscopal do Rio de Janeiro, a Rede Globo, a Shell do Brasil, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e a prefeitura do Rio de Janeiro.
Em 2003, foi inaugurado um sistema de escadas rolantes, passarelas e elevadores para facilitar o acesso à plataforma de onde se eleva o monumento. A restauração de 2010, realizada pela Vale em parceria com a arquidiocese do Rio de Janeiro, concentrou-se na estátua. Além da recuperação da estrutura interna, foi restaurado o mosaico de pedra-sabão que reveste a estátua, com a retirada da pátina biológica (camada de fungos e outros microorganismos) e a recomposição de danos devido a pequenas rachaduras. Também foram consertados os para-raios localizados na cabeça e nos braços da estátua. O desgaste do monumento é causado pelas condições climáticas extremas a que ele está submetido, como rajadas de ventos e fortes chuvas, de modo que obras de manutenção devem ser realizadas periodicamente.

Sete maravilhas do mundo moderno


O então presidente Lula discursando no Corcovado para promover a eleição do Cristo como uma das Sete Maravilhas Modernas.

Trem do Corcovado.
No dia 7 de julho de 2007, em uma festa realizada em Portugal, o Cristo Redentor foi incluído entre as novas sete maravilhas do mundo moderno. A decisão, após um concurso informal, foi baseada em votos populares (internet e telefone), votação que ultrapassou a casa dos cem milhões de votos.
Todavia, o concurso não possui o apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, que apontou a falta de critérios científicos para a escolha das maravilhas.


Acesso

O Cristo Redentor pode ser acessado por carros autorizados, ou pela linha férrea do Cosme Velho (Trem do Corcovado). Até pouco tempo atrás, para se chegar ao mirante da estátua precisava-se caminhar muito, o que se tornou uma barreira para deficientes físicos. A partir do ano de 2002, a Prefeitura do Rio de Janeiro instalou três elevadores panorâmicos e quatro escadas rolantes como parte do projeto de renovação do Cristo.
Pela rodovia, o início é no Cosme Velho, seguindo em direção as Paineiras (area fechada ao trânsito, nos fins de semana) até o estacionamento. Apartir daí, segue-se até o monumento, através de van credenciada.

Controvérsias

Antes mesmo de ser construído, o Cristo Redentor era motivo de acaloradas discussões que dividiam o país entre católicos, protestantes e cidadãos sem religião. Apesar de, atualmente, protestantes de todo o mundo visitarem o Cristo, inicialmente os líderes da Igreja Batista eram contrários à construção dele, chegando a propor que o dinheiro arrecadado fosse usado na construção de uma obra beneficente.

Direitos de uso

Os direitos de uso comercial da imagem de Cristo no Corcovado pertencem desde 1980 à Mitra Arquiepiscopal do Rio de Janeiro, embora haja disputa por parte dos herdeiros dos envolvidos na concepção da obra[carece de fontes]. O monumento está em área cedida pela União à Arquidiocese do Rio na década de 1930, mas o acesso à estátua é realizado através do Parque Nacional da Tijuca, administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

Entrada grátis para católicos

Em 21 de novembro de 2007, o superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Rogério Rocco, afirmou que, a partir daquela data, os católicos poderiam entrar gratuitamente no Cristo Redentor, mas apenas em datas agendadas pela Arquidiocese do Rio de Janeiro. A decisão causou desgosto nos admiradores da imagem que seguem outras religiões e naqueles que advocam pelo secularismo do estado.

Capela no Cristo Redentor

Santuário católico

Em 12 de outubro de 2006 a estátua foi transformada num santuário católico nas comemorações de seus 75 anos. Há também, na base do monumento, uma capela católica devotada a Nossa Senhora Aparecida, onde há celebrações católicas como casamentos e batizados.

Fonte: Wikipédia.

terça-feira, 25 de junho de 2013

As Sete Maravilhas do Mundo Moderno (A Grande Muralha)

A Grande Muralha (China)


Muralha da China, também conhecida como a Grande Muralha, é uma impressionante estrutura de arquitetura militar construída durante a China Imperial.
A Grande Muralha consiste de diversas muralhas, construídas durante várias dinastias ao longo de aproximadamente dois milênios (começou no ano 220 a.C com término no século XV, durante a Dinastia Ming). Se, no passado, a sua função foi essencialmente defensiva, no presente constitui um símbolo da China e uma procurada atração turística.
As suas diferentes partes distribuem-se entre: o Mar Amarelo (litoral Nordeste da China), o deserto de Góbi e, a Mongólia (a Noroeste).

História

Os chineses erguiam muros para se proteger de invasões dos povos ao norte. As primeiras construções surgiram antes da unificação do império, em 221 a.C. Ao unir sete reinos em um país, o imperador Qin Shihuang (259-210 a.C. - Dinastia Chin) começou a unificar a muralha, aproveitando as inumeras fortificações construídas por reinos anteriores. Com aproximadamente três mil quilômetros de extensão à época, foi ampliada nas dinastias seguintes.
Com a morte do imperador Qin Shihuang, iniciou-se na China um período de agitações políticas e de revoltas, durante o qual os trabalhos na Grande Muralha ficaram paralisados. Com a ascensão da Dinastia Han ao poder, por volta de 206 a.C., reiniciou-se o crescimento chinês e os trabalhos na muralha foram retomados ao longo dos séculos até o seu esplendor na Dinastia Ming, por volta do século XV, quando adquiriu os atuais aspectos e uma extensão de cerca de sete mil quilômetros. Acredita-se que os trabalhos na muralha ocuparam a mão de obra de cerca de um milhão de operários (até 80% teriam perecido durante a sua construção, por causa da má alimentação e do frio), entre soldados, camponeses e prisioneiros.
A magnitude da obra, entretanto, não impediu as incursões de mongóis, xiambeis e outros povos, que ameaçaram o império chinês ao longo de sua história. Por volta do século XVI perdeu a sua função estratégica, vindo a ser abandonada a partir de 1664, com a expansão chinesa na direção norte na Dinastia Qing.
No século XX, na década de 1980, Deng Xiaoping deu prioridade à Grande Muralha como símbolo da China, estimulando uma grande campanha de restauração de diversos trechos. Porém, a requalificação do monumento como atração turística sem normas para a sua utilização adequada, aliada à falta de critérios técnicos para a restauração de alguns trechos (como o próximo a Jiayuguan, no Oeste do país, onde foi empregado cimento moderno sobre uma estrutura de pedra argamassada, que levou ao desabamento de uma torre de seiscentos e trinta anos), geraram várias críticas por parte dos preservacionistas, que estimam que cerca de dois terços do total do monumento estejam em ruínas.

Extensão

Estende-se desde o passo de Jiayuguan (província de Gansu), lado oeste, até a foz do rio Yalujiang (província de Liaoning), lado leste. . Atravessa o Deserto de Gobi, quatro províncias (Hebei, Shanxi, Shaanxi e Gansu) e duas regiões autônomas (Mongólia eNingxia).
Em 2012 foi anunciado que a Muralha da China mede 21196 quilómetros na totalidade e aproximadamente 7 metros de altura. Esta medida contempla todas as paredes que foram alguma vez construídas, mesmo as que já não existem.

Estrutura


Grande Muralha, China: mapa com a localização dos diversos trechos.

Por não se tratar de uma estrutura única, as características da Grande Muralha variam de acordo com a região em que os diferentes trechos estão construídos. Devido a diferenças de materiais, condições de relevo, projetos e técnicas de construção, e mesmo da situação militar vivida por cada dinastia, os trechos da muralha apresentam variações. Perto de Beijing, por exemplo, os muros foram construídos com blocos de pedras de calcário; em outras regiões, podem ser encontrados o granito ou tijolos no aparelho das muralhas; nas regiões mais ocidentais, de desertos, onde os materiais são mais escassos, os muros foram construídos com vários elementos, entre os quais faxina (galhos de plantas enfeixados). Em geral os muros apresentam uma largura média de sete metros na base e de seis metros no topo, alçando-se a uma altura média de sete metros e meio. Segundo anunciaram cientistas chineses em abril de 2009, o comprimento total da muralha é de 8.850 km.
Além dos muros, em posição dominante sobre os terrenos, a muralha compreende ainda elementos como portas, torres de vigilância e fortes.
As torres, cujo número é estimado por alguns autores em cerca de quarenta mil, permitiam observar a aproximação e a movimentação do inimigo. As sentinelas que as guarneciam serviam-se de um sistema de comunicações que empregava bandeiras coloridas, sinais de fumaça e fogos. De planta quadrada, atingiam até dez metros de altura, divididas internamente. No pavimento inferior podiam ser encontrados alojamentos para os soldados, estábulos para os animais e depósitos de armas e suprimentos. Durante a Dinastia Ming, um sinal de fumaça junto com um tiro significava a aproximação de cem inimigos, dois sinais de fumaça acompanhados de dois tiros eram o alerta para quinhentos inimigos, e três sinais de fumaça com três tiros para mais de mil inimigos.
Os fortes guarneciam posições estratégicas, como passos entre as montanhas. Eram dotados de escadas para a infantaria e de rampas para a cavalaria, funcionando como bases de operação. Eram dominados por uma torre de planta quadrada, que se elevava a até doze metros de altura, e defendidos por grandes portões de madeira.

Principais Portas

Dentre suas passagens mais importantes (關口 simplificado: 关口) destacam-se:
  • Porta Shanhai (山海關)
  • Porta Juyong (居庸關)
  • Porta Niángzi (娘子關)

Patrimônio Mundial

A Muralha da China após concurso informal internacional em 2007, foi considerada uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo.
Em 1986, a China inscreveu na Lista do Património Mundial da UNESCO os seguintes monumentos: a Grande Muralha, o Palácio Imperial das dinastias Ming e Qing em Pequim, o Sítio do Homem de Pequim em Zhoukoudian, as Grutas de Mogao em Dunhuang, o Mausoléu do Primeiro Imperador Qin e o Monte Taishan. Estas nomeações foram aprovadas pelo Comité do Património Mundial em 1987.

Fonte: Wikipédia.

As Sete Maravilhas do Mundo Moderno (Ruínas de Petra)

Ruínas de Petra (Jordânia)

Petra (do grego πέτρα, petraárabe: البتراء, Al-Bitrā/Al-Batrā) é um importante enclave arqueológico na Jordânia, situado na bacia entre as montanhas que formam o flanco leste de Wadi Araba, o grande vale que vai do Mar Morto ao Golfo de Aqaba, perto do Monte Hor e do Deserto de Zin. Em 7 de Julho de 2007 foi considerada, numa cerimônia realizada em LisboaPortugal, uma das Novas sete maravilhas do mundo.


Antecedentes

A região onde se encontra Petra foi ocupada por volta do ano 1200 a.C. pela tribo dos Edomitas, recebendo o nome de Edom. Como a cidade se situava perto do Monte Hor, é muito possível que os horitas, um povo mencionado na Bíblia(Genesis 14:6, 36:20, Deuteronómio 2:12), habitassem essa região ainda antes da chegada dos edomitas. A região sofreu numerosas incursões por parte das tribos israelitas, mas permaneceu sob domínio edomita até à anexação pelo império persa. A cidade de Petra era denominada Sela em edomita, nome que signica "pedra", "penhasco" ou "rocha" nessa língua; o nome grego πέτρα - Pétra e latino Petra - pedra, penhasco, é a tradução da palavra edomita. O nome árabe البتراء, Al-Bitrā ou Al-Batrā é a arabização do seu nome grego e latino. Importante rota comercial entre a Península Arábica e Damasco (Síria) durante o século VI a.C., Edom foi colonizada pelos Nabateus (uma das tribos árabes), o que forçou os Edomitas a mudarem-se para o sul da Palestina, que passou a ter o nome de Idumeia, nome derivado dos idumeus ou edomitas.

Fundação

O ano 312 a.C. é apontado como data do estabelecimento dos Nabateus no enclave de Petra e da nomeação desta como sua capital. Durante o período de influência helenística dos Selêucidas e dos Ptolomaicos, Petra e a região envolvente floresceram material e culturalmente, graças ao aumento das trocas comerciais pela fundação de novas cidades: Rabbath 'Ammon (a moderna Amã) e Gerasa (actualmete Jerash).
Devido aos conflitos entre Selêucidas e Ptolomaicos, os Nabateus ganharam o controle das rotas de comércio entre a Arábia e a Síria. Sob domínio nabateu, Petra converteu-se no eixo do comércio de especiarias, servindo de ponto de encontro entre as caravanas provenientes de Aqaba e as de cidades de Damasco e Palmira.
O estilo arquitectónico dos Nabateus, de influência greco-romana e oriental, revela a sua natureza activa e cosmopolita. Este povo acreditava que Petra se encontrava sob a protecção do deus dhû Sharâ (Dusares, em grego).

Época Romana

Entre os anos 64 e 63 a.C., os territórios nabateus foram conquistados pelo general Pompeu e anexados ao Império Romano, na sua campanha para reconquistar as cidades tomadas pelos Hebreus. Contudo, após a vitória, Roma concedeu relativa autonomia a Petra e aos Nabateus, sendo as suas únicas obrigações o pagamento de impostos e a defesa das fronteiras das tribos do deserto.
No entanto, em 106 d.C., Trajano retirou-lhes este estatuto, convertendo Petra e Nabateia em províncias sob o controlo directo de Roma (Arábia Petrae). Adriano, seu sucessor, rebaptizou-a de Hadriana Petrae, em honra de si próprio.

Petra

Época Bizantina

Em 380 d.C., o Cristianismo converteu-se na religião oficial do Império Romano, o que teve as suas repercussões na região de Petra. Em 395, Constantino fundou o Império Bizantino, com capital em Constatinopla (actual Istambul).
Petra continuou a prosperar sob o seu domínio até o ano em que um terremoto destruiu quase metade da cidade. Contudo a cidade não morreu: após este acontecimento muitos dos edifícios "antigos" foram derrubados e reutilizados para a construção de novos, em particular igrejas e edifícios públicos.
Em 551, um segundo terremoto (mais grave que o anterior) destruiu a cidade quase por completo. Petra não conseguiu se recuperar desta catástrofe, pois a mudança nas rotas comerciais diminuíram o interesse neste enclave.

Redescoberta de Petra

As ruínas de Petra foram objecto de curiosidade a partir da Idade Média, atraíndo visitantes como o sultão Baybars do Egipto, no princípio do século XIII. O primeiro europeu a descobrir as ruínas de Petra foi Johann Ludwig Burckhardt (1812), tendo o primeiro estudo arqueológico científico sido empreendido por Ernst Brünnow e Alfred von Domaszewski, publicado na sua obra Die Provincia Arabia (1904). O nome Petra vem do grego e significa rocha. Pois quando os primeiros nativos chegaram lá, viram muitas pedras e rochas e, então surgiu a ideia de colocar o nome Petra e traduzido basicamente A cidade das rochas.

Petra nos dias de hoje

A 6 de Dezembro de 1985, Petra foi reconhecida como Património da Humanidade pela UNESCO.
Em 2004, o governo jordano estabeleceu um contrato com uma empresa inglesa para construir uma auto-estrada que levasse a Petra tanto estudiosos como turistas.
A 7 de Julho de 2007, foi eleita em Lisboa, no Estádio da Luz uma das Novas sete maravilhas do mundo.

Fonte: Wikipédia.